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May 30, 2023Papel de impressão brasileiro ganhará impulso à medida que o governo compra até 200 milhões de livros didáticos este ano
O governo brasileiro vai adquirir 200 milhões de livros didáticos este ano por meio do programa governamental de livros didáticos, disse ao Fastmarkets Nadja Cezar, coordenadora geral dos programas de livros do Fundo Nacional de Desenvolvimento Educacional (FNDE), ao Fastmarkets. entrevista.
Segundo projeção do Ministério da Educação, o governo destinou de 1,5 bilhão a 2 bilhões de reais (316,74 milhões a 422,32 milhões de dólares) para a aquisição, que está prevista para ocorrer entre os meses de setembro e novembro.
O PNLD, administrado pelo FNDE, distribui até 170 milhões de livros para mais de 140 mil escolas públicas no Brasil todos os anos. O programa adquire livros didáticos em ciclos de quatro anos, sendo cada ciclo voltado para uma etapa distinta da escolarização: educação infantil, ensino fundamental (anos iniciais e finais) e ensino médio.
Este ano, “compraremos livros para alunos dos anos finais do ensino fundamental; para os demais alunos, já recebemos seus livros e receberemos exemplares para pequenas substituições”, explicou Cezar.
As empresas de impressão offset do país estão bem preparadas para atender à demanda iminente, segundo Everton Carpejani, gerente da cadeia de suprimentos de uma das principais empresas de impressão offset do país, a Posigraf.
As unidades de produção offset têm o espaço e os materiais necessários para iniciar a produção, disse ele.
“O PNLD e os notebooks são os carros-chefe do segmento offset no Brasil. O mercado já tem as cotas configuradas, inclusive das gráficas, então há espaço e material”, disse Carpejani.
Dante Cid, presidente do Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), descreveu o PNLD como o maior programa de compra de livros do mundo.
“Tem importância significativa no setor educacional, representando cerca de 25-28% de todas as compras de livros no país. Cerca de um terço de todas as vendas de livros acontecem através do PNLD”, disse Cid.
Para atender a essa demanda, a FTD Educação, editora responsável pela produção de parcela significativa dos livros do programa, afirmou que, “em tempos de novas tecnologias” e digitalização da impressão, tem investido em novos parceiros e maquinários para atender a demanda do governo, “[além de] importar papel da China para antecipar a produção, impressão e distribuição dos livros didáticos.”
Segundo participantes do mercado, o tamanho da compra do PNLD neste ano está dentro do esperado.
Angelo Xavier, diretor-presidente da editora Moderna e presidente da Associação Brasileira do Livro e Conteúdo Educacional (Abrelivros), ecoou os sentimentos otimistas compartilhados por outros participantes do mercado.
Ele observou que os livros adquiridos têm normalmente de 200 a 250 páginas, e “praticamente todos esses livros deveriam ir para os correios para começarem a ser entregues nas escolas” entre setembro e dezembro.
“Devem pesar entre 250 e 300 gramas, mais ou menos, não muito mais que isso”, disse.
Sobre as aquisições deste ano, Cezar explicou que diferentemente dos anos anteriores, o programa não irá adquirir livros para escolas de ensino médio.
“A licitação está demorando um pouco mais que o normal porque há uma discussão em torno de mudanças na educação. Estamos aguardando uma definição, com possível inclusão de especificações, em relação ao novo ensino médio”, disse Cezar.
As discussões sobre o tema são “muito intensas”, acrescentou ela, lembrando que o FNDE espera que esse processo licitatório específico seja resolvido até o final de 2023.
Segundo Xavier, a discussão sobre a reforma do ensino médio “congelou” as compras de livros para esse nível de ensino.
Normalmente, o programa consiste em uma compra principal para uma etapa educacional, mais três compras de reposição para as outras etapas.
“A cada ano é escolhido um novo ciclo. Por exemplo, em 2022 foram escolhidos os anos iniciais do ensino fundamental; este ano, serão os anos finais do ensino fundamental. No ano que vem deveria ter sido escolhido o programa de compra de livros didáticos para o ensino médio”, afirmou.